quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Festival Mulheres no Volante comemora 5ª edição com o tema "Nas ruas e nas redes"

Liguem os motores pois o feminismo está a passar!

Vvvvrrrrrruuuuuuummmmm!!!



   O Festival Mulheres no Volante (MnV) chega à quinta edição cheio de novidades. São quatro dias seguidos de programação em Juiz de Fora (MG), começando em 1º de março. Criado em 2007 por um grupo de artistas da cidade, o evento comemora cinco anos, reforçando o caráter coletivo e colaborativo, por meio do uso das novas tecnologias de comunicação. O festival este ano tem como atrações principais a cantora Ellen Oléria, de Brasília (DF) e a banda de rock experimental Human Trash (SP), além de apresentações das locais Matilda, São do Mato, Moletones e GLAM, e de diversas oficinas, performances, exposições, mostra de vídeos e debate. A abertura acontece no Mezcla e o restante das atividades no Centro Cultural Bernardo Mascarenhas (CCBM).

Programação 5.0

   Na abertura oficial do evento, haverá uma edição especial do projeto Eco Performances Poética, no Mezcla. Serão oferecidas gratuitamente onze oficinas, voltadas para mulheres, com o objetivo de inseri-las em meios ainda predominantemente masculinos. No dia 2, acontece a Mostra Itinerante de Cinema, uma parceria com o Primeiro Plano - Festival de Cinema de Juiz de Fora e Mercocidades e, em seguida, o debate “A mulher na mídia: da representação às formas de intervenção”. Com participação do coletivo feminista Maria Maria – Mulheres em Movimento (núcleo do movimento Marcha Mundial das Mulheres em Juiz de Fora), a discussão será sobre como a mulher é retratada nos meios de comunicação tradicionais (televisão, rádio, jornal impresso, …) e como a internet pode ser usada como meio alternativo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

SEXISMO NA MARCHA DA MACONHA


Como propor um debate produtivo e inclusivo sendo que as mulheres são vistas e colocadas, por um setor do movimento, no mesmo patamar da planta que veneram – portanto como um objeto a ser adorado sim, mas sobretudo consumido?
“Ah sim os defensores das mulheres, ta me parecendo caô pra comer”
“Esta daqui é a Marcha da Maconha ou a Marcha do Politicamente Correto???”
“Agora vem pagar aqui de moralista. é isso mesmo ou é careta ou não gosta de buceta. viva a liberdade”
A foto acima foi tirada durante a II Conferência Latino-americana sobre políticas de drogas, realizada no Rio de Janeiro, em 2010, em uma reunião de “movimentos canábicos” do continente. Contando com representantes de marchas e coletivos de Argentina,Brasil, Colômbia, México  Uruguai e Peru, a reunião visava traçar estratégias comuns ao movimento em nível continental e não contou com nenhuma mulher presente.

ESTUPROS COMO PRESENTE DE ANIVERSÁRIO


Curiosos tentam ver uma das cenas do crime

O que aconteceu em Queimadas, cidade paraibana perto de Campina Grande, é uma das coisas mais bárbaras que ouvi nos últimos tempos. Ainda temos algumas informações desencontradas, mas basicamente foi isso: na madrugada de domingo, dia 12 de fevereiro, uma festa de aniversário com cerca de 15 pessoas foi invadida por um grupo de homens encapuzados e fortemente armados. Eles agrediram alguns dos homens, roubaram alguns pertences, e separaram cinco das sete mulheres presentes. Essas cinco mulheres foram estupradas (não fica claro nas notícias por quantos elas foram estupradas). Em seguida, os criminosos fugiram, levando duas mulheres que já haviam sido estupradas, a recepcionista Michele, e a professora Isabela. Michele ainda conseguiu pular do carro em movimento, mas foi perseguida e morta. Ambas foram executadas.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ligue 180 registra quase 2 mil ligações por dia em 2011


Denúncias de violência física contra mulheres corresponderam a 61,28% das 74.984 ligações feitas relacionadas à violência na Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, no ano passado. O serviço totalizou 667.116 ligações – uma média de 1.828 por dia, segundo balanço divulgado nesta quarta-feira, 7, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR).

O mais surpreendente nesse balanço é o número de ligações de mulheres em situações de cárcere privado, que chegaram a 343.

“É quase uma denúncia por dia. Assusta o fato de que as mulheres são submetidas a uma situação de propriedade, algo desumano e cruel, sem direito de ir e vir”, avalia Cida Gonçalves, secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da SPM.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

STF confirma por unanimidade constitucionalidade da Lei Maria da Penha


O Supremo Tribunal Federal confirmou nesta quinta-feira, por unanimidade, a validade constitucional da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), em seu todo, com base no voto do relator, ministro Marco Aurélio, para o qual a lei não ofende o princípio da isonomia ao criar mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, que é “eminentemente vulnerável quando se trata de constrangimentos físicos, morais e psicológicos sofridos em âmbito privado”.
Os ministros consideraram que todos os artigos da lei — que vinha tendo interpretações divergentes nas primeira e segunda instâncias — estão de acordo com o princípio fundamental de respeito à dignidade humana, sendo instrumento de  mitigação de uma realidade de discriminação social e cultural.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Nota da UNE e UEE MG à Ministra da SPM Eleonora Menicucci




À
Vossa Excelência
 Senhora Eleonora Menicucci
Ministra Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres

Através do fortalecimento da Secretaria de Políticas para as Mulheres e o permanente diálogo entre o ministério e o conjunto do movimento social, foi possível avançar em ações que aprofundaram mudanças necessárias para a vida das mulheres. A construção de políticas voltadas a promover a autonomia econômica e social, o combate à violência e o empoderamento das mulheres são centrais para que possamos ter um país sem pobreza e com equidade de gênero.


Saudamos a agora ex-ministra Iriny Lopes por todo seu empenho e comprometimento com a luta das mulheres durante a gestão na pasta. Dentre eles é importante destacar a realização vitoriosa da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, a atualização e fortalecimento do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres e o enfrentamento à mídia sexista que violenta e expõe as mulheres como mercadoria. Desejamos sucesso e vitórias em suas novas tarefas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

CPI mista do Senado investigará violência contra mulheres

Será instalada hoje comissão parlamentar mista de inquérito para investigar situações de violência contra a mulher no Brasil. Na reunião, serão eleitos o presidente e o vice-presidente. A CPI mista será formada por 11 senadores e 11 deputados e terá 180 dias para apurar denúncias de omissão do poder público na aplicação de instrumentos legais criados para a proteção das mulheres. A comissão foi criada por solicitação das senadoras Ana Rita (PT-ES), Lúcia Vânia (PSDB-GO), Lídice da Mata (PSB) e Marta Suplicy (PT-SP) e das deputadas Janete Pietá (PT-SP), Celia Rocha (PTB-AL), Jô Moraes (PCdoB-MG) e Elcione Barbalho (PMDB-PA), com o apoio de outros 45 parlamentares. 


(Agência Senado)

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

'Macaco e negro preguiçoso' Pesquisadores negros da UFBA são vítimas de racismo em Salvador


Venho por este meio, narrar um triste episódio envolvendo atos de discriminação racial, violência física e xenofobia, do qual eu Orlando Santos e Valdinéa Sacramento, estudantes da Universidade Federal da Bahia, fomos as vítimas.
Eram cerca de 11 horas do dia 12 de janeiro do ano em curso, por sinal dia da "Lavagem do Bonfim", quando saí de casa com destino ao edifício São Rafael, situado na Rua Tuiuti, Largo Dois de Julho. O propósito foi, junto com Valdinéa, tratar de questões de caráter acadêmico-profissional. Terminado o trabalho e, num dia de muito sol e bastante calor, decidimos brindar o sucesso de um dia produtivo de trabalho com uma cervejinha e trocar algumas ideias relacionadas às nossas pesquisas de doutorado em curso.
Optamos então por ficar na barraca do Senhor Zé, situada em frente ao edifício São Rafael, onde mora Valdinéa. Nos aproximamos da barraca de Zé e, fizemos o nosso pedido. Sentados, começamos a conversar. Havia outras pessoas conversando e bebendo cerveja. Instantes depois, três das cerca de quatro pessoas que se encontravam no espaço se ausentaram, ficando apenas um senhor de idade que as acompanhava. Escutando o "meu sotaque diferente", perguntou de onde eu era e começou um diálogo comigo e Valdinéa, narrando sua experiência no Gabão, no início da década de 70, experiência por ele classificada como péssima e ruim, como já se tornou norma nesses relatos pitorescos de "viajantes", onde a busca intencional pelo caótico e exótico acaba por ofuscar qualquer diálogo real e equitativo com o contexto local.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

A marcha pela liberdade das mulheres


Cynthia Semíramis
Embora já tenha sido obtida a igualdade jurídica entre homens e mulheres, às mulheres ainda é negado o direito à autonomia, especialmente em relação à sua sexualidade e aparência. As Marchas das Vadias que vêm ocorrendo no mundo problematizam essa questão e indicam o caminho para efetivar a liberdade das mulheres
Em abril de 2011, um policial canadense, ao fazer uma palestra sobre violência, afirmou que as mulheres evitariam estupros se não se vestissem como vadias, vagabundas (sluts). Ele classificou mulheres pela aparência: as roupas “certas”, discretas, evitariam violência, enquanto as roupas “erradas” tornariam a vítima culpada pelo estupro. 
O policial canadense tratou mulheres como pessoas sem direito à liberdade, que precisam ter seu comportamento e suas roupas monitoradas para receberem proteção do Estado. Por ser um agente do Estado, o policial deveria cumprir a lei e proteger a vítima de um crime. Sua manifestação foi exatamente oposta: ao culpar a vítima, ele protegeu e perdoou quem cometeu o crime de estupro.