quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fotos do 4º EME

Confira as fotos do 4º Encontro de Mulheres Estudantes da União Nacional dos Estudantes.










































Carta das Mulheres Estudantes Brasileiras

Realizado, em Salvador, entre os dias 21 a 24 de abril, o 4º Encontro de Mulheres Estudantes (EME) da UNE reuniu cerca de 700 mulheres estudantes de todo o Brasil, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), campus Ondina.

 
Com a temática “Ô abre alas que as mulheres vão passar”, o 4º EME tratou das históricas bandeiras de luta do movimento estudantil tendo sempre enfoque nas lutas das mulheres. Dentre os temas importantes se destacaram a assistência estudantil, aborto e a inserção das mulheres na política.

Nesse sentido as mulheres estudantes presentes no 4º EME da UNE reafirmam a atualidade da luta das mulheres e nosso compromisso com a luta pela superação do patriarcado, do machismo, do racismo, homofobia e pela garantia da nossa autonomia e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Defendem que a UNE incorporem o debate da reforma política entre suas principais tarefas além da luta por creches universitárias em tempo integral, cumprimento de 30% de cotas para as mulheres na diretoria executiva e no pleno da entidade e a luta pela legalização do aborto.

Reforma Política: mais mulheres nos espaços de decisão!
A luta por participação política das mulheres é a luta cotidiana das mulheres que foram historicamente colocadas nos espaços privados. A eleição da primeira Presidenta da República apresenta um novo cenário para a participação das mulheres nos espaços de poder. A reforma política em debate no Senado é de fundamental importância para garantir que as mulheres possam estar inseridas nos processos eleitorais de forma igualitária aos homens. Nesse sentido, as mulheres estudantes defendem a lista fechada com alternância de gênero e financiamento público de campanha que possibilitarão um avanço para o aumento da participação política das mulheres nos espaços de poder.

Campanha pela Legalização do Aborto
O 4º EME continua reafirmando a defesa da legalização do aborto, como uma importante luta das mulheres. A Campanha pela Legalização do Aborto, aprovada em 2007, foi um importante instrumento para dar visibilidade ao debate e denunciar a opressão e o preconceito vividos pelas mulheres com a criminalização da prática do aborto. Os números do aborto no Brasil são alarmantes e são as jovens mulheres e negras que mais morrem em decorrência dessa ilegalidade. A partir da campanha, percebeu-se a necessidade do assunto ser abordado constantemente no movimento estudantil.  Portanto, as mulheres estudantes da UNE continuam defendendo a legalização do aborto e afirmando o direito das mulheres de decidirem sobre seus suas vidas e corpos.

Carta das Mulheres Estudantes Brasileiras

Nós, mulheres reunidas no IV Encontro de Mulheres Estudantes da UNE, nos dias 21 e 24 de abril de 2011, afirmamos a atualidade da luta das mulheres e reafirmamos nosso compromisso com a luta pela superação do patriarcado, do machismo, do racismo e pela garantia da nossa autonomia e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

As Mulheres transformando a universidade

A opressão das mulheres está presente no cotidiano de suas vidas. Tal opressão se estrutura a partir do espaço privado familiar e da divisão sexual do trabalho que organiza toda a estrutura social e impõe um modelo de existência eurocêntrica. Responsabiliza a mulher pelos afazeres domésticos, relacionados à limpeza, à cozinha, ao cuidado e à assistência às crianças, aos idosos e aos doentes; impõe a desvalorização e a sub-remuneração do trabalho feminino; desresponsabilizando o Estado destas tarefas coletivas, sobrecarregando as mulheres através da exploração pelo núcleo familiar. Nesse sentido, às mulheres cabe a reprodução e cuidado da sociedade.

Por outro lado, aos homens fica a responsabilidade do trabalho de produção valorizado, excluindo a mulher da participação política em nossa sociedade. Ainda hoje, somos minoria esmagadora nos espaços de decisão da sociedade, no parlamento, no legislativo e no executivo.

A violência contra a mulher também continua sendo uma realidade cotidiana, em especial na esfera doméstica. Naturaliza-se a violência psicológica, moral e a agressão física contra as mulheres. A questão da violência contra a mulher pode ser potencializada se, além de mulher, ela for lésbica, negra, pobre, migrante e portadora de deficiência.

A violência específica contra as lésbicas pode ser manifestada nos estupros corretivos, ausência de informação e métodos de proteção contra DSTs, impossibilidade de união estável com direitos plenos, enfim, ausência de políticas públicas específicas. A falta de visibilidade das lésbicas na sociedade corrobora com este cenário de descaso e negligência. Ignorar a existência das lésbicas é cercear nosso direito de lutar por nossa emancipação.

As mulheres negras ainda são aquelas que vivem uma realidade do trabalho informal e precarizado, principalmente dentro do trabalho domestico, onde estas são a maioria. Destacamos ainda que apesar das políticas públicas como as cotas, terem inserido a população negra nesses espaços, as mulheres negras  ainda não possuem uma participação efetiva ,tendo portanto uma menor representação nos espaços do movimento estudantil,que representa uma realidade branca e de classe média. O sentido do IV EME acontecer na cidade do Salvador-BA cumpre o papel de colocar nos espaços do M.E. a realidade das mulheres negras na agenda das mulheres estudantes, hoje estas são a parcela das mulheres que vivem abaixo da linha da pobreza e que sofrem com os abortos ilegais e inseguros, além de engrossarem as estatísticas de desemprego e subempregos.
Acompanhamos uma contra ofensiva conservadora em todo o país. Um importante exemplo é como foram tratadas as mais importantes pautas do movimento feminista no processo eleitoral de 2010: a união civil de pessoas do mesmo sexo, o casamento civil igualitário e o aborto. Este especificamente foi tratado como algo a ser criminalizado ou apenas não debatido.


Em nenhum momento a maternidade é tratada como escolha, direito da mulher e autonomia sobre o próprio corpo. No Plano Nacional de Direitos Humanos III a discussão sobre o aborto foi suprimida, ignorando que esse debate fosse tratado como uma questão de saúde pública, fruto da pressão religiosa. A defesa do Estado laico é central para o movimento feminista.

Sabemos que o fato de sermos estudantes é fruto da luta de mulheres que vieram antes de nós e conquistaram o direito das mulheres à educação. As mulheres representam hoje 55% dos estudantes universitários, mas ainda é necessário romper preconceitos e discriminações sociais que concentram as mulheres em áreas do saber relacionadas ao que é tradicionalmente considerado feminino.

Nos espaços da universidade são recorrentes o constrangimento moral e o assédio sexual contra as estudantes, em especial durante as festas e atividades de recepção às e aos estudantes ingressantes. Acontecimentos como o desfile das bixetes, o rodeio das gordas, os trotes e as piadas com apelo sexual são lamentáveis e reproduzem a concepção machista da mulher como mero objeto de desejo.

Também nas universidades, temos muitos desafios, necessitamos de uma política de assistência estudantil específica para as mães estudantes, assim como a efetivação do direito a licença-maternidade para as estas. As reinvindicações pelas melhorias na assistência estudantil passam também pela luta pelo aumento de verbas na educação pública. Está em disputa os rumos do Plano Nacional de Educação em âmbito federal. A luta pelos 10% do PIB para a educação publica também é nossa, indo de encontro aos recentes cortes na educação que atende a agenda conservadora no país.

A organização permanente das estudantes é fundamental, pois é ela que garante a incorporação das bandeiras feministas na agenda política do movimento estudantil e da universidade. Se há avanços, ainda há muito por fazer: mesmo nos espaços do movimento estudantil persistem situações de machismo e opressão. Os espaços políticos ainda são compostos majoritariamente por homens, e a luta e a militância das mulheres continua sendo colocada em segundo plano.

Nesse sentido, as mulheres da UNE entendem que a universidade não está deslocada do conjunto da sociedade e que na luta contra a opressão sexista é necessária a união destas às diversas instâncias dos movimentos sociais, entre elas o movimento negro, o movimento de mulheres do campo, as mulheres lésbicas, as mulheres indígenas.

Reforma Política: mais mulheres nos espaços de decisão!

A luta por mais participação política das mulheres é pungente. Mesmo que a eleição da primeira Presidenta da República mulher, tenha tido um impacto simbólico para nossa sociedade, sabemos que isso apenas não basta para mudar a vida das mulheres. Nosso debate parte da compreensão sobre as tarefas e desafios para a luta feminista. Portanto, o debate sobre Reforma Política em curso é de fundamental importância, garantindo que o processo termine com vitórias para as mulheres. Nesse sentido, a lista fechada com alternância de gênero e financiamento público de campanha são agendas comuns que possibilitarão um avanço para o aumento da participação política das mulheres nos espaços representativos.

O tema “Ô abre alas que a mulheres vão passar” deste IV EME coloca, para nós estudantes, o desafio de afirmar a nossa passagem, e chegada efetiva, nos espaços de decisão na sociedade e nos responsabiliza pela participação na luta de aprovarmos uma reforma política inclusiva em nosso país. Tendo em vista o acúmulo que tivemos neste IV EME onde destacamos mais uma vez, nossa luta pela desnaturalização do modelo de vida que a sociedade nos impõe com as atribuições e responsabilidades consideradas femininas que servem para nos encaminhar ao espaço privado, exigimos medidas efetivas para nossa garantia nos espaços públicos valorizados que tanto lutamos. 

Para isso, é necessário que a UNE incida na discussão da reforma política de modo a defender a participação das mulheres nos espaços de decisão. Mas, também, que ela concretize na sua própria estrutura interna a participação efetiva das mulheres nos espaços de direção garantindo 30% de cotas para mulheres nas estruturas da entidade, assistência estudantil específica para as mulheres estudantes que garanta sua permanência na universidade.

 Propomos a seguinte agenda feminista para a UNE no próximo período:

  • ·         Reforma política: Mais Mulheres nos espaços de Decisão!
  • ·         Por creches universitárias em tempo integral!
  • ·         Cumprimento de 30% de cotas para mulheres na diretoria da UNE, na executiva e no pleno!
  • ·         Legalização do aborto

SEM FEMINISMO NÃO HÁ SOCIALISMO!

As mulheres estudantes também lutam por:
  • Garantia de creches e educação infantil em tempo integral
  • Pela criação do Plano Nacional de Assistência que contemple as casas de estudantes, que respeitem a questão de gênero e raça e as creches universitárias
  • Segurança feminina com treinamento específico 24 horas nos campi;
  • Incorporação da questão de gênero nos currículos dos cursos de ensino superior;
  • Educação não sexista, não racista e não homofóbica
  • Ofensiva de denúncia ao machismo na Universidade e no Movimento Estudantil;
  • Fomento à produção de conhecimento sobre gênero;
  • Incorporação de bandeiras do Movimento Estudantil, que afetam fortemente as mulheres, às pautas do movimento feminista, como 10% do PIB para a educação;
  • 50% do Fundo Social para Educação
  • Por um PNE que inclua um recorte de gênero e raça
  •   Erradicar o analfabetismo
  •    Lutar pela igualdade salarial
  •   Autonomia econômica das mulheres
  • Legalização do aborto
  • Fortalecer o EME entendendo ser este um espaço fundamental do Movimento estudantil;
  • Que as entidades do Movimento Estudantil se incorporem ao calendário unificado do Movimento Feminista:
8 de março – dia internacional de luta das mulheres
25 de maio-Dia da mulher negra latino-americana
25 de junho – dia de mobilização por uma educação não sexista.

29 de agosto – dia da visibilidade lésbica
28 de setembro – dia de luta pela legalização do aborto
17 de outubro – dia de luta contra a pobreza entre as mulheres
20 de novembro – dia da consciência negra
25 de novembro – dia internacional de combate à violência contra as mulheres.

Salvador, Bahia, 24 de abril de 2011.


segunda-feira, 18 de abril de 2011

De Malas Prontas para o 4º EME?! Não leve suas dúvidas, deixe-as aqui!


O 4º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE está chegando, e com ele algumas duvidas que surgem na mente das estudantes. Neste momento é importante sanar qualquer questão, evitando possíveis transtornos decorrentes da falta de informação. Preparamos uma lista com as duvidas mais frequentes das estudantes. Tire suas duvidas e pé na estrada!

Inscrição:
As inscrições ainda podem ser feitas pelo site (www.mulheresnaune.blogspot.com).
O valor da inscrição é de R$10, e deverá ser pago no momento do credenciamento, em Salvador.
Obs.: O EME é um espaço de auto-organização das mulheres, sendo permitido somente a elas a participação no encontro.

Alojamento:
O alojamento será no Instituto de Geociências na UFBA, no Campus Universitário de Ondina e estará disponível a partir das 8hs do dia 21.
Obs.: A recomendação e de não levar barracas, pois o espaço destinado ao alojamento é limitado.

Creche:
Haverá creche disponível durante o horário das atividades, ou seja, durante o dia. É importante que as mães que forem levar os filhos avisem com antecedência para podermos nós preparar.

Alimentação:
As refeições serão feitas no Restaurante Universitário da UFBA, também localizado no Campus de Ondina. Serão servidas três refeições diárias, café da manhã, almoço e jantar, tendo inicio com o jantar do dia 21 (quinta-feira) e termino com o almoço do dia 24 (domingo).

Atividades:
As mesas, e grupos de discussão irão acontecer na Faculdade de Arquitetura da UFBA, no Campus Universitário de Ondina, mesmo campus do alojamento e do RU, portanto não será necessário transporte para se locomover durante o evento.

Estacionamento:
Para os estados que vêm com suas caravanas de ônibus, os veículos poderão ficar guardados no estacionamento da UFBA.
Obs.: Não teremos alojamento e nem alimentação para os motoristas.

Como chegar na UFBA?
As atividades, alojamento e alimentação acontecerão todas no Campus Universitario de Ondina, que fica localizado na Rua Caetano Moura, 121 – Federação

Pra quem chega na Rodoviária:
Quem vêm de ônibus e vai desembarcar na Rodoviária de Salvador, deve se deslocar até a estação Iguatemi, e de lá pegar o ônibus Vale dos Rios/STIEP R3 (0914-00), e pedir para descer proximo ao Campus.  
Quem optar por ir de taxi o valor até o campus fica em cerca de R$20 a R$25e o trajeto demora de 15 a 20 minutos.

Pra quem chega no Aeroporto:
Para quem chegar no Aeroporto Internacional de Salvador, a indicação e pegar a o ônibus da linha Aeroporto - Lapa (1003-00) ou Aeroporto - Campo Grande (1002-00), e descer na orla proximo a FsBA. De lá até a Universidade dá cerca de 1,5km.
Quem optar por ir de taxi do Aeroporto até a Universidade o trajeto fica em cerca de R$60, e demora cerca de 50 minutos.
* As informações sobre as linhas de ônibus foram fornecidas Superintendência de Trânsito e Transporte de Salvador.

Outras Informações?
Outras duvidas que não estiverem esclarecidas podem ser postadas aqui, ou encaminhadas para o email: mulheresune@gmail.com ou ainda para o twitter: @mulheresnaune.


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Estudantes de Minas Gerais Realizam Pré-EME

No dia 14 de março, quinta-feira, aconteceu o Encontro de Mulheres Estudantes da UEE-MG. Com o tema "Mulheres transformando a universidade", meninas de vários movimentos discutiram as formas de manifestação do machismo dentro e fora dos muros da universidade e as diversas estratégias encontradas pelas mulheres organizadas em Minas Gerais.

Rafaela Vasconcelos, militante do Grupo Universitário em Defesa da Diversidade Sexual (GUDDS) chamou atenção para os trotes e calouradas machistas e homofóbicos, além de compartilhar a experiência da criação de uma articulação de mulheres, dentro do GUDDS, o AFGudds.

Larissa Borges, militante do grupo de Hip Hop Negras Ativas debatou os desafios no acesso e permanência das jovens negras na universidade e o quanto as mulheres negras ainda ocupam os postos de trabalho mais precarizados.

Clarisse Goulart, da Marcha Mundial das Mulheres, trouxe a experiência da batucada feminista como instrumento de resistência à mercantilização do corpo e vida das mulheres, da violência em que o corpo da mulher está submetido cotidianamente e a importância de estar em luta.

Luiza Lafetá, da União Estadual dos Estudantes, evidenciou os desafios ainda presentes no acesso das mulheres aos espaços de poder dentro da universidade e a importância de lutar por políticas de assistência específica para as mulheres como as creches. 

O debate foi bastante rico e contou com a participação de jovens de vários cursos e universidades. A atividade serviu para as meninas se prepararem para o IV EME da UNE, que acontece logo na proxima semana em Salvador.


quinta-feira, 14 de abril de 2011

Nota de repúdio a violência sexista na UFMS

 A União Nacional dos Estudantes vem a público repudiar todas as formas de opressão e violência contra as mulheres. Na última segunda-feira, uma estudante de química foi estuprada dentro do campus da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Essa violência trata-se de uma violência sexista e só acontece porque somos mulheres. Sabemos que este não é um caso isolado e que são recorrentes as situações desse tipo de violência dentro e fora da universidade.


A violência sexista é usada como ferramenta de controle da vida, corpo e sexualidade das mulheres por homens, instituições patriarcais e Estados.

Exigimos que a Universidade Federal do Mato Grosso do Sul tome urgentemente medidas de seguranças que coíbam casos como esses e outros casos de violência e opressão. Não se trata de permitir a entrada de polícias na universidade, mas de garantir segurança a todos e principalmente, todas as estudantes.

Sendo assim, nós, mulheres estudantes brasileiras, organizadas na luta pelo fim do machismo,  denunciamos a violência sexista ocorrida contra a aluna da UFMS, nos solidarizamos com as mulheres vitimizadas por esses crimes e queremos punição a todos os agressores envolvidos nesse episódio e em outros tantos que acontecem e não repercutem na mídia. 

Não vamos nos calar perante o machismo e a violência!

Diretoria de Mulheres na União Nacional dos Estudantes

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Abertas as inscrições para o 4º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE

As inscrições para o 4º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE já estão abertas pelowww.mulheresnaune.blogspot.com . O evento acontece entre os dias 21 e 24 de abril na cidade de Salvador com a  presença de estudantes de todo o país. Mais de mil pessoas são esperadas para debater e pautar as bandeiras de luta dos últimos Encontros e discutir a vida das mulheres a partir de uma perspectiva ampla, que resgate o combate e encontre melhorias em suas vidas acadêmicas.

Segundo a organização, o encontro terá o objetivo de criar uma agenda ampla que avance na discussão das mulheres nos espaços de decisão da UNE, além de apresentar os desafios da mulher brasileira que, “mesmo admitindo avanços no campo das políticas públicas, no acesso a educação, ainda sofrem com as duplas jornadas de trabalho, com a falta de autonomia e a mercantilização de seus corpos, com a criminalização do aborto e com os valores patriarcais e mercadológicos arraigados no seu cotidiano”.

O último EME em 2009 teve a presença massiva das estudantes de todo o Brasil e lançou a campanha “Mulheres transformando a universidade”. O encontro estimulou a criação de coletivos feministas nas instituições de ensino, com o papel de travar o debate feminista nos espaços acadêmicos, reivindicar políticas de assistências e organizar o combate às práticas machistas ainda existentes no cotidiano da vida estudantil.

Homens são bem vindos na pauta de mulheres, porém o encontro será restrito apenas para o público feminino. “Isso não significa que não possamos receber a colaboração masculina. É uma questão de auto-organização, para que possamos elaborar nossas questões para depois pautar em espaços mistos”, explica a diretora de Mulheres, Fabíola Paulino.

Inscrições
É muito simples realizar a inscrição, basta preencher o formulário no site e no ato do credenciamento em Salvador pagar uma taxa de R$10,00. O pagamento dará direito a alojamento e alimentação para todos os dias do evento. “Precisamos que todas as estudantes confirmem o quanto antes a presença para podermos organizar o evento agregando as mulheres que levarão filhos e as vegetarianas que requer uma alimentação especial”, pontua a diretora.

Programação21 de abril
18h00 – Mesa de Abertura 


19h00 – Atividade Cultural
 
22 de abril 09h00 – Mesa Eixo 1: Ô abre alas que as mulheres vão passar! Igualdade é poder.
Convidadas:
Iriny Lopes, Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres; 
Ticiana Studart, da Marcha Mundial das Mulheres;
Deputada Federal Alice Portugal PC do B - BA;
Fabya Reis, do MST; 
Louise Caroline, Secretária Especial da Mulher em Caruaru – PE;
Zilmar Alberita, do Círculo Palmarino.

12h30 – Almoço
14h00 – Mesa Eixo 2: Mulher e o mundo do trabalho
Convidadas:

Rosana Sousa de Deus, Juventude da CUT; 
Raimunda Gomes, Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora da CTB;
Creusa Maria, Presidente da FENATRAD;
Carmem Foro, Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG;
Fernanda Melchionna, Vereadora de Porto Alegre.
 
17h00 – Grupos de Discussão

Movimento Estudantil
Saúde
LGBT
Assistência estudantil
Economia solidária e feminista
Mulher negra
Mídia
Violência contra a mulher

19h00 – Jantar

20h30 – Atividade Cultural

23 de abril
09h00 – Mesa Eixo 3: As mulheres transformando a Universidade

Convidadas:
Luiza Bairros, Ministra da Secretaria Especial de Políticas para Promoção da Igualdade Racial; 
Lucia Stumpf, ex-presidente da UNE e dirigente da UBM;
Alessandra Terribili, Marcha Mundial das Mulheres; 
Daniele Jardim, historiadora e pesquisadora;
Luciana Mandelli, Diretora de Programas da SPM

12h30 – Almoço

14h00 – Dinâmica sobre a Legalização do Aborto

17h00 – Atividades Autogestionadas; Trocas de experiências entre coletivos feministas;

19h00 – Jantar
20h30 – Atividade Cultural

24 de abril
09h00 - Plenária final 


13h00 - Almoço

Serviços:
O que? 4º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE
Quando? De 21 e 24 de abril de 2011.
Onde? Salvador 
Como? http://mulheresnaune.blogspot.com
Quanto? R$10,00

Da Redação do http://www.une.org.br/

Boletim Informativo MULHERES NA UNE


Faltam pouco menos de 20 dias para o 4º Encontro de Mulheres Estudantes da UNE! Estamos envolvidas nos últimos preparativos para garantir que todas sejam muito bem recebidas na maravilhosa cidade de Salvador, Bahia. Como sabem, essa é a 4ª edição deste que é um dos espaços mais importantes no movimento estudantil e do feminismo, que reúne mulheres estudantes de todas as regiões do país, misturando sotaques, culturas e muitas expectativas.
O primeiro passo é fazer sua inscrição, através do blog Mulheres na UNE, no link http://mulheresnaune.blogspot.com/p/ficha-de-inscricao-do-4-eme.html#. Ela deverá ser paga no credenciamento e terá o valor de R$ 10,00, incluindo: alojamento, alimentação (café da manha, almoço e jantar), acesso às atividades, espaços de confraternização e certificado de participação. Durante nossa estadia em Salvador, ficaremos exclusivamente nas instalações da Universidade Federal da Bahia, que tem sido parceira na construção do EME. O alojamento será no Instituto de Geociências – IGEO, reformado recentemente, com salas amplas e climatizadas. Todas devem trazer seus objetos de uso pessoal, assim como colchonetes, roupas de cama, toalha, etc. Teremos dificuldade em disponibilizar espaço coberto para o uso de barracas, sendo preferível que utilizem as salas de aulas para acomodação de seus colchonetes e malas. As mesas e GD’s funcionarão em dois espaços: Faculdade de Arquitetura e Salão Nobre da Reitoria. Confira a PROGRAMAÇÃOhttp://mulheresnaune.blogspot.com/2011/04/programacao-do-4-eme.html
 Para as companheiras estudantes que precisem levar seu filho (s) / sua filha(s), teremos um espaço de creche que funcionará durante todo o EME, sendo necessário que se levem os objetos pessoais da criança, inclusive fraldas.
 Salvador é uma cidade quente, tragam roupas leves. Mesmo no outono, é possível que tenhamos temperatura na casa dos 30ºC. Por isso, não se esqueçam de trazer protetor solar, além de repelente e casaco para o caso de esfriar, ou à noite mesmo, que bate uma brisa mais forte. Faremos espaços de confraternização à noite, com programação ainda a definir, mas ainda assim dentro dos limites do Campus da UFBA.
Para melhorar nossa comunicação com o conjunto das estudantes, divulgaremos Boletins Eletrônicos semanalmente, iguais a este, para que todas acompanhem cada último passo da construção e informações sobre o Encontro. Durante o CONEG, faremos nossa próxima reunião de organização. Depois disso, a partir do dia 11 de abril, estabeleceremos nosso comitê organizativo em Salvador, com reuniões locais periódicas e muito trabalho. Contamos com cada uma para a construção coletiva do EME e para as próximas lutas que se seguirão.

Até breve!